

Matérias e Curiosidades




Astronomia Antiga
Não é datado o começo do estudo da astronomia, já que os povos antigos usavam dela para se orientar e determinar quando plantar e quando realizar seus rituais mitológicos.
Os primeiros astrônomos a ganharem fama foram os gregos. Entre eles Tales de Mileto que introduziu na astronomia helenística a geometria, enquanto seu discípulo Anaximandro de Mileto propôs modelos celestes de movimento dos astros e não manifestações divinas.
Pitágoras de Samos pregava a esfericidade dos planetas e das estrelas. Filolaus de Cretona explicou a movimentação da Terra, pensando que na verdade a terra gira ao redor do sol, e não o contrário.
Tal como os chineses, Eudóxio de Cnidos (408-344 a.c.) propôs a duração de um ano com 365 dias e 6 horas, e também um sistema planetário engenhoso com 27 esferas tendo o planeta terra no centro.
Porém, nenhum deles se equiparou com Hiparco de Nicéia, que é considerado por muitos como o maior astrônomo pré-
cristão. Foi ele que catalogou mais de
850 estrelas, deduziu os polos celestes,
mediu a sombra da terra sobre a lua
e o raio da Terra com o seu telescópio
na ilha de Rodes.

A história do Prêmio Nobel
O prêmio Nobel foi criado no ano de 1900 pelo sueco e criador da dinamite Alfred Nobel após ver um jornal impresso com a errônea notíca de sua morte. Alfred queria ser lembrado não como "criador da morte" (como se referiam alguns), mas sim pelos seus avanços na ciência em prol da humanidade. Então ele deixou sua herança de aproximadamente 32 milhões de coroas suecas para uma instituição criada por ele para administrar seu prêmio: a Fundação Nobel. Alfred morreu em 1896, realizando-se
a primeira cerimônia de entrega do prêmio em 1901.
Site oficial do Prêmio Nobel: http://www.nobelprize.org/

Alfred selecionou cinco áreas para concorrer ao prêmio: Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz. O prêmio Nobel de economia foi criado posteriormente pelo Banco Central da Suécia, e o nome oficial desse prêmio é "Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel".
Cada laureado pelo prêmio Nobel pode ganhar cerca de um milhão de dólares.


Mitos, lendas e astronomia nos povos indígenas brasileiros


A astronomia era muito estudada pelos povos pré-colombianos, porém, ela tinham um teor mais prático e menos didático. Como por exemplo:
Para os guaranis, a constelação de Tuya, ou homem velho, aparece na segunda quinzena de dezembro trazendo a época das chuvas. Segundo as lendas, este homem era casado com uma mulher muito mais nova do que ele, que se apaixonou pelo seu irmão mais novo. Para se casarem, ela matou seu marido cortando-lhe a perna. Os deuses ficaram com pena do velho, então o elevaram aos céus, onde hoje está representado entre as constelações de touro e órion, sua cabeça é o aglomerado Híades, tendo as plêiades como um arranjo em sua cabeça. A estrela vermelha de Betelgeuse representa o local onde sua perna foi cortada.
Um ano era dividido em tempo velho e tempo novo, sendo, respectivamente, ara ymã e ara pyau, que abrangia os períodos do outono-inverno e primavera-verão.
Os indígenas sabiam que deviam caçar durante a lua cheia e plantar e cortar madeira entre a lua cheia e a lua nova. Para eles, o dia era dividido entre o primeiro e o segundo nascer de kuaray (sol físico, não o espiritual). Também usavam um sistema de relógio solar chamado gnômon (imagem a direita).
Para contar as horas a noite, eles sabiam que o cruzeiro do sul levava 24 horas para dar uma volta completa, sendo cada mudança de 90° definida por seis horas (imagem a esquerda).
Para os guaranis, sua cultura estava profundamente enraizada na astronomia, já que no “batismo” das crianças, por exemplo, o nome era definido pelo calendário Luni-solar e pela orientação espacial.
Entre os mitos guaranis, encontrava-se a lenda da origem do universo, em que o deus Nhanderu (ou pela livre tradução de “Nosso Pai”) havia criado outros deuses, estes, que ficaram representados pelos quatro pontos cardeais:
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Norte: Jakira, deus da neblina e das brumas que abrandam o calor, origem dos bons ventos;
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Leste: Karai, deus do fogo;
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Sul: Nhamandu, deus do sol e das palavras;
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Oeste: Tupã, deus do mar, das águas, dos raios e trovões.
Outro mito interessante envolve a lua e suas crateras. Segundo os indígenas, Jaxi (ou lua), irmão mais novo do sol, estava apaixonado pela irmã de seu pai, e ia todas as noites no quarto dela procurá-la para fazer amor. Uma noite, sua tia, para descobrir quem lhe apalpava durante a noite, lambuzou seus dedos com resina, e quando seu sobrinho a tocou, ela passou a resina em seu rosto. No outro dia, Jaxi tentou se lavar no rio para tirar as manchas do rosto, o que só lhe deixou mais sujo.
Para eles, até hoje a lua está com sua face suja (crateras) e tenta se lavar no rio para tirar as manchas (fase da lua nova, em que ela “desaparece” do céu).
As constelações indígenas também eram associados a eventos cotidianos, como por exemplo:
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A ecliptica (caminho percorrido pelo sol), é chamado pelos guaranis de “caminho da anta”;
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A constelação da Ema (Guyra Nhandu) estaria tentando devorar dois ovos (alfa Muscae e beta Muscae). Sua cabeça é formada pela nebulosa do Saco de Carvão, enquanto a cauda do Escorpião forma a sua perna. Dentro de seu pescoço encontra-se as estrelas alfa e beta centauro, que seriam ovos que a ema acabara de engolir. Segundo a lenda, o cruzeiro do sul segura a cabeça da ema, caso ela se solte, ela beberá toda a água do nosso planeta.
